Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A secretária nacional de Políticas Urbanas do Ministério das Cidades, Raquel Rolnik, informou hoje (12) que o processo de remoção da Favela do Arará, dentro do projeto de revitalização da área portuária do Rio de Janeiro, já está com mais de 70% da obra concluídos. O projeto foi lançado no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e entrou hoje na etapa de definição sobre quem cuidará da implementação. Raquel Rolnik disse que o trabalho de melhoria do acesso ferroviário ao porto prevê a liberação do ramal do Arará, com a remoção dos moradores que viviam junto aos trilhos da estrada, além de construção de muro de proteção. “Esse trabalho já está concluído, assim como as outras intervenções programadas na área habitacional também se encontram em andamento”, informou. As indenizações a serem pagas aos moradores estavam previstas em cerca de R$ 3,540 milhões. O próximo passo será a constituição da nova entidade “para poder lançar publicamente o projeto como um todo, porque aí nós vamos conseguir superar a escala da intervenção pontual, que nós estamos conseguindo operar no momento, terreno a terreno, objeto a objeto, para trabalhar numa escala muito mais ampla que, evidentemente, é muito mais complexa”, disse Rolnik.Segundo a secretária, trata-se de um novo modelo de gestão urbana e o ministério das Cidades está trabalhando em ações similares nas cidades de Recife e Olinda, em Pernambuco. O ministro das Cidades, Márcio Fortes, informou que no Rio de Janeiro, em ação conjunta das esferas governamentais e do setor privado, cerca de R$ 10 milhões já foram aplicados para a retirada das populações situadas no entorno das linhas ferroviárias. Ele lembrou que em outras cidades também poderá ser adotado o modelo do Rio, nos locais onde as linhas ferroviárias são progressivamente cercada se habitações, o que acarreta riscos à população.