Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Mineração Rio Pomba Cataguases comprometeu-se, na tarde de hoje (12), a arcar com os custos logísticos e humanos das autoridades governamentais, na operação montada para minimizar os danos do vazamento de lama de uma barragem em Miraí (MG). A informação foi divulgada pela promotora de Justiça de Minas Gerais, Shirley Fenzi. A empresa é responsável pelo reservatório e pela barragem de onde vazaram 2 bilhões de litros de lama, resultante da lavagem da bauxita, na madrugada de quarta-feira (10). Segundo a promotora, a mineradora assinou um termo de compromisso com o Ministério Público para arcar imediatamente com as despesas das autoridades de Minas e do Rio de Janeiro, sob pena de pagar multa diária de R$ 1 mil. Os custos seriam apresentados pela Defesa Civil mineira. “Na verdade, a empresa já vinha atendendo à demanda de Muriaé e Miraí [cidades mineiras afetadas]. Mas, como uma garantia de que ela continuaria a prestar esse atendimento, inclusive para as cidades mais distantes, nós achamos por bem assinar esse termo de compromisso”, disse Fenzi. A promotora informou que o Ministério Público deverá propor a assinatura de um outro termo de compromisso, na próxima semana, já apresentando um detalhamento maior das demandas da Defesa Civil mineira. Hoje, o presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), Wagner Victer, anunciou que cobrará da Mineradora Rio Pomba uma indenização pelos custos da companhia com a mobilização de pessoal e com a execução dos cortes de captação de água do Rio Muriaé, em cidades do estado. “Além desse criminoso acidente ambiental, a empresa tem se mostrado omissa e não tem buscado ajudar a população do Rio de Janeiro. Não chegou a oferecer um copo de água. Assim ela atuou no acidente do ano passado e assim ela continua atuando. É inaceitável. Nossa postura será muito rígida e firme contra essa empresa”, disse Victer.