Empresas tradicionais são novidade no mercado financeiro

12/01/2007 - 17h37

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Um total de 26 empresas lançou ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no ano passado. O volume é recorde desde 1986, segundo o superintendente de Relações com Empresas da Bolsa paulista, João Baptista Fraga. Ele considera o número “a grande novidade positiva em 2006”.O superintendente ressaltou que em relação a setores econômicos, o setor imobiliário foi o destaque, mostrando entre cinco e seis empresas que abriram o capital. O ano passado marcou também o aparecimento de novos setores na Bovespa que até então não faziam parte das companhias listadas. Entre eles, citou os setores de serviços bancários, saúde (englobando planos de saúde) e farmacêutico.João Baptista Fraga informou que a Bovespa encerrou o ano de 2006 com 94 empresas listadas nos níveis de governança corporativa. “Foi um acréscimo importante obtido durante o ano. Esse é um número significativo considerando que os níveis de governança foram inaugurados há cinco anos e até 2002 o número de empresas  era pequeno”, avaliou.Essas 94 empresas nos vários níveis de governança corporativa representam 58% do total de valor de mercado das 394 companhias negociadas na Bovespa, 58% do volume financeiro e 67% da quantidade de negócios efetuados no mercado à vista. Os dados foram fornecidos pela assessoria de imprensa da entidade. Fraga afirmou que o desempenho apresentado pelo mercado de capitais como um todo em 2006  é muito positivo para os investidores, que passaram a contar com um mercado de ações mais líquido. “Então, mais investidores puderam participar do mercado, mais investidores puderam comprar ou vender ações com facilidade porque encontraram liquidez”, declarou.Outro ponto positivo para os investidores, segundo frisou Fraga, é que eles encontraram um leque maior de companhias. “Na medida em que 26 companhias ingressaram no mercado, isso significa que os investidores passaram a contar com mais 26 opções de investimento, inclusive de setores diferentes daqueles que até então possuíam empresas listadas na Bolsa”, disse o superintendente de Relações com Empresas.João Baptista Fraga acentuou que “o fato de que a Bolsa tenha concentrado um nível tão grande de liquidez e um leque maior de ativos garante aos investidores que eles passam a contar com mais opções de investimento em geral, não só de ações”.