Vazamento de produto químico pode provocar novo desastre ambiental no Rio Muriaé

10/01/2007 - 14h20

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A mineradora Rio Pomba, que pertence à empresa Cataguazes e opera no município mineiro de Miraí, deixou vazar uma enorme quantidade de produto químico, que pode provocar um novo desastre ambiental no Rio Muriaé, responsável pelo abastecimento de água de vários municípios do noroeste fluminense, como Lage do Muriaé, Italva, Itaperuna, Cardoso Moreira e São José de Ubá. O presidente da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae), Wagner Victer, adiantou que pedirá a prisão dos diretores da mineradora e o fechamento definitivo da empresa, além de responsabilizar as autoridades ambientais que não fiscalizaram as atividades da mineradora. Victer disse que, para garantir o abastecimento emergencial de água à população da região, já estão sendo providenciados carros-pipa. “Estamos entrando em contato com o governo de Minas Gerais para o envio dos carros-pipa. A população pode ter certeza de que a Cedae vai manter a qualidade da água”, afirmou.A mineradora é a mesma que, em março de 2003, deixou vazar 400 milhões de litros de lama química no Rio Miraí, afluente do Muriaé. “É um absurdo que essa empresa ainda esteja funcionando”, disse Victer. A Cedae criou um gabinete de emergência reunindo representantes das prefeituras da região e autoridades ambientais para avaliar a extensão do problema. Segundo Victer, técnicos da companhia já foram enviados para o local.