Ibama envia técnicos para área onde ocorreu vazamento de lama de bauxita

10/01/2007 - 16h57

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) enviou, na tarde de hoje (10), um grupo de emergência ambiental formado por quatro técnicos para o município de Miraí, na Zona da Mata mineira. Segundo o chefe do escritório regional do Ibama em Juiz de Fora (MG), Aurélio Augusto de Sousa, o objetivo é cooperar com as autoridades ambientais mineiras no trabalho de contenção dos impactos do vazamento de lama de bauxita nos rios da região.Sousa disse que, apesar de não ser tóxica, a lama residual, resultante da lavagem da bauxita, é poluente e provoca impactos na fauna dos rios e na vida das pessoas que moram às margens dos rios.“O impacto no meio ambiente é menos grave do que se fosse tóxico. Ele se faz sentir mais na fauna aquática dos rios e nas propriedades que ficam nas partes baixas. Vai ser depositada muita lama nas terras baixas. Alguma lama deve ter entrado nas cidades por causa da alteração do curso dos rios. Peixes morrem por causa da falta de oxigenação da água”, explicou.Foi o terceiro grande acidente provocado por rompimento de barreiras e vazamento de material poluente em rios da região. No início de 2003, foram despejados mais de um milhão de metros cúbicos de rejeitos tóxicos nos rios Pomba e Paraíba do Sul, pela empresa Cataguazes Indústria de Papel.Em março deste ano, um novo rompimento de barragem, desta vez da Mineradora Rio Pomba Cataguases, provocou o despejo de cerca de 400 mil metros cúbicos de lama resultante de lavagem de bauxita nos rios Fubá e Muriaé.