Governador do Espírito Santo defende fim do "jogo de empurra" na segurança

10/01/2007 - 10h12

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, disse hoje (10) que aunião dos governadores do Sudeste para traçar um plano conjunto decombate a violência é também um esforço para a acabar com o "jogo deempurra" na área de segurança. Segundo ele, com as reivindicaçõesenviadas ao governo federal, os estados buscam sair da disputa políticapara investir na cooperação administrativa. "O jogo de empurra do governador colocar a culpa nopresidente e vice-versa, do prefeito dizer que não é com ele, doJudiciário falar que não tem nada com a questão, do Congresso dizerque as leis são ótimas, só precisam ser cumpridas, fez aumentar a presença do crime e da violência. É um problema nacional que precisaser enfrentado”, afirmou Hartung, em entrevista à Rádio Nacional.Ontem (9) os quatro governadores de estados da região Sudeste – SérgioCabral (Rio de Janeiro), José Serra (São Paulo), Aécio Neves (MinasGerais) e Paulo Hartung (Espírito Santo) – se reuniram para fazer umdocumento que será entregue ao presidente Lula pedindo providências nocombate à violência nos estados. Esse foi o primeiro encontro do Gabinete de Gestão Integrada daSegurança da região Sudeste. De acordo com Hartung, depois da eleição das presidências da Câmara e doSenado, os quatro governadores devem ir ao Congresso Nacional pedirrapidez na votação de projetos de lei sobre o combate à violência e quejá tramitam nas duas Casas. O governador do Espírito Santo destacou, entre as medidas para combatera violência na região Sudeste, a integração das polícias dos quatroestados.“A idéia é integrar as informações, os bancos de dados, asinteligências policiais e trazer o governo federal para ser parceiro eaté coordenador em alguns aspectos dessas ações que precisamosempreender. As novas modalidades de ação criminosa não têm limitesterritoriais.”No documento a ser enviado ao Palácio do Planalto, osgovernadores reivindicam o aumento do efetivo das polícias Federal eRodoviária Federal nos quatro estados. Pedem também que as Forças Armadas atuem nasfronteiras do país para impedir a entrada de armas. Na carta, os governadores solicitam ainda o aumento no Fundo Nacional de SegurançaPública e no Fundo Penitenciário para que o orçamento deste ano tenha,pelo menos, o mesmo valor do ano passado. Eles defendem que os recursos não sejamcontingenciados, como aconteceu em 2006.