Chinaglia reitera no Sul que buscará apoio do PSDB

10/01/2007 - 18h17

Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - O líder do governo na Câmara e candidato do PT à presidência daCasa, deputado Arlindo Chinaglia (SP), disse hoje (10) que o apoio doPMDB é decisivo na disputa e que irá procurar o PSDB para “fechar amploentendimento em nome da proporcionalidade”. Ele explicou que "como as duas maiores bancadas estão unidas agora, eu penso que se abre uma possibilidade partidária de entendimento”, explicou. Ontem (9), em Brasília, o deputado havia afirmado que, com base em contatos anteriores, "não é verdade que eles [parlamentares do PSDB] tenham apoiado qualquer candidatura" e que será respeitado o critério da proporcionalidade partidária – os partidos com maior bancada fazem as primeiras indicações para a Mesa Diretora. Chinaglia, que morou em Porto Alegre na década de 70 (fez residênciamédica em 1976 e 1977, quando atuava naclandestinidade política), reuniu-se com 17 dos 31 deputados da bancadagaúcha, a quem prometeu ações para “valorizar o Congresso e afastar adesconfiança da população em relação à instituição”. O candidato também reiterou que é favorável à equiparação do salário dos deputadosao dos ministros do Supremo Tribunal Federal, “desde que abra caminhopara um teto único, que deve ser amplamente discutido e explicado”. Edefendeu a necessidade  de uma imediata reforma política no país:“Se esperarmos a reforma perfeita, ela não sai”. Segundo Chinaglia, o acordo feito com o PMDB para a direção da Câmara dos Deputados prevê os dois primeiros anos para o PT e os dois últimos para o PMDB. Ele disse ainda que a montagem do novo ministério do segundo governo de Lula está sendo conduzida no âmbito dos partidos. “Não podemos envolver o governo na disputa do Poder Legislativo”, afirmou. Ao receber o candidato, o presidente da Assembléia gaúcha, Fabiano Pereira (PT), afirmou que o Parlamento brasileiro “precisa ter uma pauta de defesa do país e não dos interesses dos deputados”. E disse que a expectativa é de que Chinaglia possa "mudar o debate político no Congresso, reabilitando uma imagem tão desgastada nos últimos tempos”.