BNDES tem desembolsos e aprovações recordes em 2006

08/01/2007 - 17h04

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)encerrou o ano de 2006 com  níveis recordes de desembolsos e deaprovações de financiamentos.As liberações de recursos no ano passado somaram R$ 52,3 bilhões, umaumento de 11,3% sobre os R$ 47 bilhões desembolsados em 2005. O crescimentoreal dos desembolsos, descontada a inflação, que ficou em torno de 4% noexercício, atingiu 7%.O presidente do BNDES, Demian Fiocca, ressaltou hoje (08)que “o nível de crescimento real dos desembolsos é superior ao crescimento doProduto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país, e,portanto, coerente com a trajetória de aceleração do investimento”.A taxa de investimento saiu há dois anos do patamar de 18%do PIB e está hoje em 20,5% do PIB, informou o chefe da Secretaria de AssuntosEconômicos do BNDES, Ernane Torres.Demian Fiocca disse que a expectativa é de que a  taxade investimento deve continuar crescendo. “Isso deve servir de fundamento paraa manutenção de taxas mais elevadas de crescimento do PIB nos próximos anos”,afirmou.Os projetos aprovados em 2006 alcançaram o recorde de R$74,3 bilhões, com aumento de 36% sobre 2005 (R$ 54,5 bilhões). Fiocca lembrouque as aprovações são uma “favorável indicação” para o futuro de aceleração àfrente dos desembolsos e confirmam uma tendência iniciada no ano anterior.“Em um cenário em que os desembolsos vêm crescendo  emtermos reais em ritmo superior ao do PIB, as aprovações vêm crescendo aindamais. Isso indica  a disposição do setor  produtivo de aumentar osinvestimentos e também é um  indicador do desempenho operacional doBNDES”, disse.Fiocca esclareceu que no caso de grandes empreendimentos, asaprovações antecedem os desembolsos, que costumam ocorrer ao longo dealguns anos. Segundo o presidente do BNDES, a tendência de incremento dedesembolsos e aprovações foi iniciada em 2005 e reflete a perspectiva de algunssetores da economia brasileira “voltarem a fazer grandes investimentos de umporte que não era freqüente, em alguns casos, há mais de uma década”.Nos financiamentos a projetos de menor porte, as liberaçõesde recursos são mais rápidas. Este é o caso, por exemplo, da aquisição demáquinas e equipamentos  e operações de exportação, explicou o presidente.O crescimento de desembolsos e aprovações confirma, conformeressaltou Demian Fiocca, que “o Brasil está entrando em um ciclo favorável deinvestimento”. No primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,o BNDES acumulou desembolsos de R$ 172,6 bilhões.