Empresas públicas de comunicação dos países do Mercosul buscam integração

05/01/2007 - 9h52

Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A integração dos países do Mercado Comum do Sul (Mercosul)não deve ocorrer apenas no âmbito governamental. Para que o intercâmbio ocorrade fato, ele deve envolver a população dos países do bloco. E, nesse processo,as empresas públicas de comunicação podem exercer um papel fundamental. Isso é o que defendem representantes de emissoras públicasde comunicação que se reúnem de 10 a 12 de janeiro em Buenos Aires, capital daArgentina, para discutir ações que fortaleçam a integração no Mercosul.“A gente quer promover o autoconhecimento, a troca deexperiências de quem trabalha em emissoras de rádio, de televisão e agênciasde notícias”, afirmou o coordenador do Brasil na Reunião Especializada deComunicação Social do Mercosul, Jorge Duarte. Ele diz que o encontro não vai discutir políticas,filosofias e teorias. ”Não vai haver nenhum tipo de interferência em políticaseditoriais de veículos. A idéia é debater como operamos a comunicação públicapara que a gente fortaleça cada veículo”.De acordo com o coordenador-geral substituto da TV Brasil,Adriano de Angelis, a idéia é sair do seminário com resultados práticos. “Umdos objetivos do seminário é trabalhar ações concentradas para os próximos seismeses na área de televisão, rádio e agência de notícias, a partir de ummapeamento das estruturas existentes”, destacou.No seminário será debatido, por exemplo, como uma emissorapública de televisão da Argentina pode transmitir em seu país programas quemostrem a cultura brasileira. Ou como uma emissora de rádio uruguaia podeveicular programação argentina.“A comunicação pode proporcionar conhecimento sobre arealidade dos países, que tanto se busca. A gente quer abrir uma janela, umespaço, para mostrar o que acontece nesses países”, disse Angelis.O encontro deve reunir cerca de 100 profissionais queatuam na gestão de emissoras de televisão, rádio e agências de notíciaspúblicas dos países do Mercosul, além de representantes da sociedade civil. Oresultado do seminário, que será apresentado aos chefes de Estado, seráconsolidado na Carta de Buenos Aires.