Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Duas pessoas morreram no estado desde o mês de dezembro, em conseqüência das chuvas intensas que atingem toda a região Sudeste. Segundo o tenente Rodrigo Quintino, diretor de comunicação social da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, a primeira morreu em Guarulhos, em dezembro, e a outra – uma criança de seis anos, devido a um deslizamento de terra –, em Jundiaí, ontem (4). “Em todo o estado, temos hoje 63 desabrigados (perderam a casa) e 1.021 pessoas desalojadas (tiveram de deixar a casa temporariamente)”, informou o tenente Quintino. Ele acrescentou que devido a uma frente fria, há previsão de mais chuva nos próximos dias no estado. "Em particular, a previsão é de chuva para a região norte do estado, entre a cidade de Franca e o Vale do Paraíba”, afirmou.A Coordenadoria já traçou planos preventivos, com um monitoramento dos municípios e das condições meteorológicas, e a classificação em níveis de observação, atenção, alerta e alerta máximo. “Foram feitos mapeamentos das áreas de risco desses municípios e estabelecidos índices pluviométricos, acumulados dos últimos três dias. Quando os índices ultrapassam o pré-estabelecido pelo estudo técnico, geralmente feito pelo Instituto de Pesquisa Tecnológica ou pelo Instituto Geológico, colocamos o município em estado de atenção”, explicou o tenente.Jundiaí, segundo ele, é hoje o único município em estado de atenção, mas várias cidades estão em nível de alerta: Campo Limpo, Várzea Paulista, Nazaré Paulista, Hortolândia, Pedreira, Amparo, Socorro, Serra Negra, Rio Claro, Jarinu, Indaiatuba, Lindóia, Valinhos, Sumaré, Alumínio, Mairinque, São Roque, Votorantim e Ribeirão Grande.O tenente alertou que a população pode colaborar: “Aos primeiros sinais de chuvas intensas, as pessoas que moram em áreas sujeitas a inundações devem levantar seus móveis, geladeira e fogões; desligar os aparelhos elétricos e a chave geral da eletricidade; e levar o lixo para áreas não sujeitas a inundações”.E destacou, além da importância de evitar o contato com a água de enchentes, a observação de sinais de instabilidade na residência e na encosta, como rachaduras, trincas, inclinações e degraus de abatimento: “A população deve acionar a Defesa Civil local, pelo telefone de emergência 199". O telefone da Polícia Militar é 190 e o do Corpo de Bombeiros, 193.