Hospital público de Pernambuco é convidado a ampliar experiência com células-tronco

03/01/2007 - 8h18

Marcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - O Hospital Público AgamenonMagalhães, que já desenvolve, na capital pernambucana, pesquisa comcélulas-tronco em pacientes acometidos por infarto agudo do miocárdio, vaipassar abeneficiar também, com a terapia celular, pessoas com miocardiopatiadilatada,doença que provoca crescimento anormal do coração, causando falta de areinchaço dos membros inferiores e palpitações. O convite para integrar oPrograma Nacional de Pesquisa com Células-Tronco em Doenças do Coração,financiado pelo Ministério da Saúde e que envolve 1.200 pacientes emtodo opais, foi feito, no mês de dezembro, pelo Instituto Nacional deCardiologia deLaranjeiras, no Rio de Janeiro.

Segundo o cardiologista João Moraes Júnior, coordenador do Laboratóriode Terapia Ceular do Agamenon Magalhães, para se habilitar ao programa detratamento com células-tronco os pacientes precisam ser portadores deinsuficiência cardíaca há mais de um ano, e a doença não pode ter origem no malde Chagas. “Os favorecidos pelo programa também não devem ter histórico deangina, hipertensão ou infarto, nem apresentar problemas renais”, explicou.

Ele destacou que a intenção é elevar a qualidade de vida das pessoasacometidas pelo mal, que mesmo tomando cinco remédios por dia, correm risco de termorte súbita. “A idéia é melhorarem 5% a função do coração enfraquecido. A genteespera que a terapia celular seja uma nova alternativa de tratamento tanto parapacientes agudos quanto crônicos. No entanto, a melhor saída para evitar qualquerdoença ainda é a prevenção. Sabemos que 90% dos enfartos poderiam ter sidoevitados com controle da pressão alta, colesterol, diabetes, exercícios físicose alimentação saudável”, declarou o médico.

 A seleção e os exames dos pacientes a serembeneficiados com o programa começam neste mês.

Dados da Secretaria estadual de Saúde indicam que a cada ano 14.500pernambucanos são vítimas fatais de doenças do coração.