Cesta básica de alimentos sobe em 15 das 16 capitais pesquisadas pelo Dieese

01/12/2006 - 17h22

Paulo Montoia
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A cesta básica de alimentos subiu de preço, em novembro, em 15 das 16 capitais pesquisadas no balanço mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado hoje (1). Apenas em João Pessoa o preço baixou, em 0,74%. Nas demais capitais, houve altas de 0,99% (Fortaleza) a 7,51% (Curitiba). E em seis delas o aumento foi superior a 6%. Apesar desses resultados, também em seis capitais a variação acumulada é negativa neste ano (de janeiro a novembro), com o maior registro de retração em João Pessoa (6,22%). Entre as dez que registram alta, segundo o Dieese, os maiores índices são os de Florianópolis (3,28%) e Salvador (3,14%). No acumulado de 12 meses (período retroativo a dezembro de 2005), apenas quatro capitais registram variação negativa de preços. As cestas mais caras no mês continuaram a ser as de Porto Alegre (R$ 192,01) e de São Paulo (R$ 185,29) e a mais barata, a de Fortaleza (R$ 129,27). No conjunto de 13 alimentos pesquisados, apenas o açúcar e a batata registraram predominância de queda no preço. O de maiores elevações foi o tomate. Com a alta no preço dos alimentos, subiu também o valor estimativo que o salário mínimo deveria ter, segundo o cálculo do Dieese, para satisfazer as necessidades de uma família também com moradia, transporte, vestuário, saúde, educação, higiene, lazer e previdência. O valor passou de R$ 1.510, em outubro, para R$ 1.613 – em novembro do ano passado, esse valor era de R$ 1.551. A alta também fez cair para oito o número de capitais pesquisadas em que foi possível, ao trabalhador que ganha salário mínimo, adquirir duas cestas com o valor líquido recebido (após os descontos legais). Em julho, eram 13 essas capitais.