Thais Brianezi
Repórter da Agência Brasil
Manaus - Formar uma rede de cooperação em pesquisa e capacitação de pessoal é o compromisso firmado por profissionais de saúde do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Suriname e Venezuela, reunidos no 1º Encontro Internacional Pró-Rede Pan-Amazônica de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. O evento termina hoje (29) em Manaus (AM).“Saímos daqui com um plano de trabalho e um primeiro contato institucional para que a rede seja implantada em Belém, em julho de 2007, durante a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)”, diz assessor da presidência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Edmundo Gallo.Ele lembra que, em 2004, foi assinado no Brasil o Acordo Multilateral de Cooperação Técnico-Científica em Saúde das Instituições da Amazônia, no âmbito das discussões do Plano Amazônia Sustentável (PAS). Atualmente, são signatários do documento 21 institutos de pesquisa.“Avançamos na área de ensino, criando um mestrado em saúde coletiva em Manaus e Belém; além de um doutorado ainda não local, feito por professores da Fiocruz na região. Mas percebemos que precisávamos expandir essa iniciativa para os outros países da Amazônia.”O representante do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Evandro Melo, defendeu que o foco das pesquisas em saúde na Amazônia saia da área de biotecnologia.“A agenda prioritária de pesquisas em saúde aqui deveria se centrar em modelos de gestão. Não adianta a gente ser a região que mais cresce em termos econômicos, com grandes empresas sofisticadas, se ao lado delas crianças padecem com doenças cuja prevenção e tratamento já são há muito tempo conhecidos”, argumentou Melo.