Novos indicadores vão medir situação das micro e pequenas empresas

29/11/2006 - 14h35

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Dois indicadores inéditos no país vão medir a cada trimestre o dinamismo e a confiança das micro e pequenas empresas. As novas ferramentas foram  desenvolvidas pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio de Janeiro (Sebrae/RJ) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas e pretendem traçar um  panorama estrutural e conjuntural desse segmento econômico fluminense, além de diagnosticar as expectativas futuras. Os novos índices vão se somar ao indicador de desempenho (Ides), cuja divulgação será mensal.O diretor-superintendente do Sebrae/RJ, Sérgio Malta, explicou que o grande diferencial que os índices de dinamismo e confiança apresentam em relação aos indicadores tradicionais de desempenho, baseados no faturamento, pessoal ocupado e massa salarial, “é que o índice de desempenho mostra a evolução da capacidade das pequenas empresas em gerar emprego e renda em relação ao passado”. Já os indicadores de dinamismo (Idin) e confiança (Icon), explica Malta, “projetam o futuro”. São avaliadas no Idin as medidas vinculadas ao aumento da competitividade das micro e pequenas empresas.Em sua primeira medição, referente ao terceiro trimestre deste ano, o índice de dinamismo verificou que 25,1% do universo de 410 pequenas empresas pesquisadas de 178 ramos de atividades em 73 municípios do estado realizam ações inovadoras em produtos, serviços e comercialização, enquanto 26,3% desenvolvem ações de responsabilidade social e ambiental.Do mesmo modo, o índice de confiança (Icon) registrado no terceiro trimestre em relação à evolução dos negócios para os seis meses futuros alcançou 68 pontos, o que Sergio Malta considera extremamente positivo. “É uma coisa formidável”, afirmou, frisando que os novos indicadores medem a capacidade de evolução da pequena empresa para o futuro próximo.O diretor-superintendente do Sebrae informou que para uma grande empresa, como a Eletrobrás, longo prazo são 20 anos. “Para uma pequena empresa, seis meses já são longo prazo. Então, a perspectiva é positiva porque eles estão investindo em máquina, manutenção, formação de pessoal, informática e estão confiantes em relação ao futuro”. De acordo com o Icon, 48% das empresas consultadas consideraram que o panorama futuro para os negócios é bom e 16,6% disseram estar apostando em um cenário muito bom. O conceito fraco obteve 8,8% das respostas.Malta avaliou que essa expectativa favorável é normal, uma vez que o ambiente econômico também é positivo. “A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa  foi aprovada, a economia está apresentando dinamismo. E no Rio de Janeiro, especialmente,  nós temos um momento político inédito, que é a união do governador eleito com o Presidente da República e com os prefeitos. Isso provavelmente vai reverter em investimentos para o Estado”, declarou.