Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Cerca de 500 pessoas participaram hoje (29), na região central dacapital, de manifestação a favor do reajuste do salário mínimo,de R$ 350 para R$ 420, e da correção da tabela do Imposto de Renda em 7,77%. Elas também defenderam uma política permanente de valorização dosalário mínimo. A mobilização foi organizada pela Confederação Geral dosTrabalhadores (CGT), Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT),Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central Única dosTrabalhadores (CUT), Força Sindical e pela Social Democracia Sindical(SDS). O objetivo da manifestação foi mobilizar a sociedade para a 3a Marcha do Salário Mínimo, marcada para a próxima quarta-feira (6), em Brasília. Segundoo presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, ascentrais sindicais tentarão negociar a proposta na capital federal e farão caminhada até o Congresso Nacional. Na véspera, os sindicalistas terão encontros com os presidentes da Câmara e do Senado. E realizarão seminário com os líderes partidários. Na quinta-feira (7), a reunião será com representantes do Executivo. "É lógico que não vamos resolver numa primeira reunião. Nós pretendemos chegar a um acordo com o governo até o dia 22", disse Paulinho. O valor de R$ 420, acrescentou, também pode ser negociado, "mas o proposto pelo governo federal não pode ser aceito pela população". Sobre a alegação de que não há recursos federais suficientes para o aumento, o presidente da Força Sindical disse ainda que "se há dinheiro para dobrar salário de deputados, aumentar salário de juízes, há dinheiro para dar aos aposentados". E lembrou que o governo pode apresentar outra proposta, como nos anos anteriores: "Não é a primeira vez que fazermos isso. Já é o oitavo ano em que conseguimos melhorar o salário mínimo. Então, acho que o governo recuou exatamente para poder negociar com as outras centrais".