Marcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - Estudantes, professores e técnicos envolvidos com o curso de escolarização e qualificação profissional Saberes da Terra, oferecido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizaram hoje (29) protesto em frente à Secretaria estadual de Educação. A mobilização foi para reivindicar a liberação de recursos do programa.
Uma parcela da verba, no valor de R$ 450 mil, teria sido encaminhada pelo Ministério da Educação ao governo estadual, desde agosto deste ano, mas não chegou aos movimentos sociais que deveriam ser beneficiados. A secretária executiva de Desenvolvimento da Educação, Sara Lima, explicou que só está faltando o visto da Procuradoria Geral do estado para que o crédito seja repassado. Sara Lima disse que a questão deve ser resolvida até sexta-feira (1).
Ocurso Saberes da Terra, resultado de parceria entre o Ministério daEducação, estados e municípios, disponibiliza cursos, com duração de umano e meio, para agricultores jovens e adultos que não tiveram acessoao sistema formal de ensino.
Segundo Cristiane Albuquerque, da coordenação programa no estado, o dinheiro é destinado à alimentação e transporte dos estudantes dos assentamentos e acampamentos até o Centro de Educação Paulo Freire, onde é ministrado o curso. O governo estadual é responsável pela contratação dos professores e acompanhamento do programa, que tem custo anual estimado em R$ 2,6 milhões.
O Saberes da Terra atende a comunidades indígenas e de quilombolas e agricultores ligados ao MST, à Federação dos Trabalhadores na Agricultura e à Comissão Pastoral da Terra.
O convênio para viabilizar o programa, assinado em dezembro do ano passado, beneficia 1.105 trabalhadores rurais.