Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Na avaliação da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o cancelamento da Oitava Rodada de Licitação de Áreas para exploração e produção de petróleo no país – por decisão judicial – "rebaixa" o conceito do Brasil junto ao setor petrolífero e pode afastar empresas que pela primeira vez aqui vieram para disputar blocos exploratórios. A afirmação foi feita pelo diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, ao criticar a decisão judicial de conceder liminar suspendendo a licitação.“Neste aspecto, e sob a ótica das rodadas que vinham sendo realizadas com êxito, o Brasil é visto como um país estável para os investidores do setor petrolífero. Um país com instituições respeitáveis e regulações estabelecidas. Esta decisão e a conseqüente suspensão da Oitava Rodada rebaixa o nosso conceito junto aos investidores do setor”, acredita.Ainda no entendimento de Lima, foi com base nesta estabilidade de regras que 25 empresas estrangeiras, das quais dez pela primeira vez, se habilitaram a participar desta Oitava Rodada. “Não é à toa que dez empresas que estão aqui participando deste leilão vieram ao país pela primeira vez. Ninguém vai sair da Índia para vir ao Brasil participar de uma aventura, de alguma coisa que não sabe se vai dar certo, se é ou não para valer.”