Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - O superintendente da Polícia Federal no Paraná, Jaber MakulHanna Saadi, informou que há possibilidade de transferir José ReinaldoGiroti, nas próximas horas, para a penitenciária de segurança máxima de Catanduvas, no oestedo estado. Conhecidocomo “alemão”, ele é considerado um dos maiores ladrões de banco dopaís.Giroti continua detido na sede da Superintendência da PF emCuritiba. Ele era o primeiro na lista dos procurados pela Polícia Federal (PF)em todo o Brasil. Depois de ter sido preso na terça-feira (21), à noite, emLondrina, ele foi trazido ontem (22) para Curitiba, na Operação Chacal, assimchamada em alusão a Carlos Chacal, que chegou a ser o terrorista mais procuradodo mundo, e famoso por seus disfarces. Giroti também é especializado emdisfarces e, no momento da prisão, tinha 17 carteiras de identidade.De acordo com Saadi, ele tem 30 processos criminais, 25 inquéritospoliciais, 15 mandados de prisão e estima-se que os roubos de que eleparticipou cheguem a R$ 100 milhões. Giroti estava foragido havia cinco anos.Foram as investigações do furto do cofre de penhores da Caixa EconômicaFederal em Curitiba, que levaram a prisão do assaltante. O rouboaconteceu em outubro, durou seis horas e nove pessoas foram mantidas reféns. APolícia suspeitou da participação de Giroti na elaboração e coordenação doassalto, que rendeu cerca de R$ 3 milhões. As investigações para prender Giroti levaram até um luxuoso imóvel em Londrina,que o assaltante havia comprado por R$ 1 milhão e passaria a residir. Ele foipreso quando fazia compras em um supermercado da cidade. Segundo o delegado, um dos maiores assaltos que Giroti jáconfessou foi em 2001, ao Banco de Brasília. Na ocasião, o valordivulgado da ação foi de R$ 5 milhões, mas Girtoti disse que o objetivo doassalto eram os cofres particulares e, com isso, eles roubaram R$ 50 milhões. Ocrime foi muito divulgado porque as jóias da família de Juscelino Kubitscheckestavam em um desses cofres. Segundo Giroti, eles não sabiam do valor históricodas jóias e no dia seguinte elas foram fundidas.A polícia confirmou que Giroti tem participação ativa noPrimeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa paulista, inclusive comcontribuições financeiras O assaltante costumava seqüestrar familiares degerentes de bancos e de empresas de segurança para efetuar o roubo.