Fragmentos de osso possibilitaram identificação de vítima do acidente com avião da Gol

22/11/2006 - 22h26

Gabriella Noronha
da Agência Brasil
Brasília - A identificação da última vitima do acidente com oBoeing da Gol que fazia o vôo 1907, Marcelo Paixão, foi feita por meio de exame DNA emfragmentos de ossos e levou mais de duas semanas, segundo a diretora do Instituto de Pesquisa de DNA da Policia Civil do DistritoFederal, Claudia Mendes.Os fragmentos, explicou, foram encontrados no dia 15 de outubro, sob a asa do avião que caíra no norte de Mato Grosso no dia 29 de setembro. O exame, acrescentou, tem 99,9% de chances de acerto. Para o vice-diretor do instituto, Aluisio Trindade, nãohavia como fazer a identificação dos corpos das vitimas de forma maisrápida. “Nesse episódio morreram 154 pessoas, o que é um desafio emqualquer lugar do mundo, ainda mais com a dificuldade no resgate dos corpos, na mata amazônica". A família de Marcelo Paixão informou que o velório e o sepultamento estão marcadospara amanhã (23), em Brasília. Segundo um tio da vítima, Antonio Cláudio de Araújo, “a famíliarecebeu a notícia com um certo alivio e agora tem uma preocupação a menos”. No Instituto Médico Legal de Brasília(IML), acompanhado de outros parentes da vítima, ele recebeu os restos mortais e o laudo cadavérico.O irmão de Marcelo, Maurício Paixão, afirmou que se o corponão fosse identificado possivelmente os familiares teriam que brigarjudicialmente para ter uma certidão de óbito, o que iria atrasar ainda mais oprocesso indenizatório. “Hoje tivemos um desfecho da localização eidentificação do Marcelo; agora que passou essa etapa, vamos pensar na partejudicial”, disse.