Sindicato da indústria naval reivindica política de longo prazo para o setor

22/11/2006 - 15h18

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O  presidente do Sindicato Nacional da Indústria daConstrução e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo Rocha, identificouhoje (22) dois desafios para a indústria naval: preparar o setor para atender encomendasde navios de apoio e de plataformas e garantir que esse processo de encomendasseja sustentável e  tenha continuidade depois de 2010. Ele abriu aConferência Transporte Marítimo & Indústria Naval 2006, que reúne atéamanhã (23), no Rio, dirigentes brasileiros do setor. Para que o Brasil readquira o poder marítimo, Ariovaldo apontaa necessidade de integração entre as agências governamentais e as empresas denavegação, numa ação conjunta para expandir a indústria naval e sualogística. Ele reivindica ainda uma política industrial de longo prazo, uma vezque o setor apresenta um ciclo longo de produção com retração prolongada.O presidente do Sinaval informou que a frota de naviosde bandeira brasileira transporta atualmente menos de 4% dos produtosexportados e importados pelo país, contra 22% na década de 70. Também nacabotagem, embora a legislação estabeleça que o transporte é privativo dasembarcações brasileiras, menos de 14% é efetuado por navios de bandeiranacional.Ariovaldo Rocha lembrou que a Petrobras permanece na liderançado mercado da indústria naval nacional, sinalizando despesas com transportemarítimo até 2010 de cerca de US$ 1 bilhão, o que significa US$ 200milhões/ano.