Seminário avalia resultados de Arranjos Produtivos Locais em quatro estados

21/11/2006 - 9h19

Michel Medeiros
De A Voz do Brasil
Brasília - Os Arranjos Produtivos Locais (APLs), programa do Ministériodo Desenvolvimento, Indústria e Comércio para incentivar projetos de geração erenda para as populações carentes, têm cumprido seu papel.Essa é uma das avaliações feitas durante o seminário ArranjosProdutivos Locais – Projeto de cooperação Brasil/Itália, que está discutindo osresultados da parceria com a Itália na implantação do programa em municípios doPará, Rio de Janeiro, Paraíba e Sergipe.Com o apoio da Agência Especial da Câmara de Comércio,Artesanato e Indústria de Milão (Promos), do Banco Interamericano deDesenvolvimento (BID), e do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e PequenaEmpresa (Sebrae), a população dessas cidades está produzindo calçados, móveis,e roupas para vender no país e no exterior.

O projeto capacita pequenos empresários e artesãos queestão aprendendo a calcular custos, cortar gastos, melhorar os produtos econquistar novos mercados. Os produtos desses micro-empresários ficam expostosaté hoje no Clube do Exército, em Brasília. A exposição também conta com 50painéis que mostram como as peças são produzidas.De acordo com o gerente da Assessoria Internacional doSebrae, Renato Caporali, existem Arranjos Produtivos Locais em o país, fortalecendoo trabalho das pequenas empresas. “Participam dos APL desde pequenas empresasfamiliares, até micro-empresas com mais de 30 funcionários, mas, geralmente,pequenas empresas”.Segundo o coordenador nacional do Projeto Promos peloSebrae, Paulo Volker, quando as micro-empresas se reúnem em grupos fica maisfácil competir no mercado. “Quando a micro empresa trabalha sozinha ela é muitofrágil, porém, quando faz parte de um grupo, tem a força de uma grande empresa”.O pólo de calçados em Campina Grande, naParaíba, produz cerca de 35 mil pares de sapato por mês. De acordo com oempresário João Bosco Florêncio, “o projeto garantiu a criação de novas vagasde trabalho diminuindo a informalidade”. Para Florêncio, existem dois pólos decalçados: um antes dos APL e outro depois. “Nosso trabalho cresceu e hoje évitrine em todo o Brasil”.