Amorim e ministro belga discutem cooperação e andamento da Rodada Doha

21/11/2006 - 18h13

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Acordos de cooperação em andamento emdiversas áreas foram discutidos hoje (21) pelos ministros Celso Amorim,das Relações Exteriores,  e Karel Gucht, dos Negócios Estrangeirosda Bélgica. O Brasil e a Bélgica mantêm cooperação em projetos nasáreas nuclear, de tecnologia, de biocombustíveis e de genética, entreoutras.

Segundo Amorim, outros acordosentre os dois países já estão na fase final de estudo, como o acordosobre cooperação na área penal, e um acordo trilateral com a África, naárea de medicamentos contra a aids.

No encontro de hoje, Amorim e Gucht também falaram sobre a Rodada Doha [processo para a liberalização comercial dos países-membros da Organização Mundial do Comércio - OMC].O ministro belga se disse surpreendido pelo otimismo de Amorim emrelação à rodada e destacou que seu país também está trabalhando paraque esse processo chegue a uma conclusão.

“Oandamento da rodada é importante a abertura do mercado internacional etambém para desenvolvimento dos países, principalmente os países emdesenvolvimento”, afirmou Gucht.

Aoser questionado sobre a posição dos Estados Unidos em relação a Doha,Amorim disse que há sinais de engajamento dos norte-americanos. “Souotimista em relação à rodada, porque quero que ela dê certo. Faleirecentemente com a representante de Comércio Exterior dos EstadosUnidos, Susan Schwab, e há engajamento em relação às negociações darodada, E isso é um sinal positivo”, disse.

Sobreo acordo entre o Mercosul e a União Européia, Amorim disse que o tipode acordo que será fechado já esta decidido, mas falta chegar a umacordo em relação a alguns detalhes. “Talvez os europeus queiram maisacesso à área de prestação de serviços; nós queremos um pouco mais deagricultura, mas estamos jogando o jogo no mesmo campo. Não hádivergências sobre o que queremos dentro do acordo”, explicou.Amorimtambém falou sobre a reunião do Mercosul, prevista para os dias 18 e 19de janeiro de 2007, em Brasília. Ao ser questionado sobre aparticipação de Cuba na reunião, o chanceler brasileiro afirmou que “éuma boa idéia" um convite para que o país caribenho faça parte doencontro. "Por que não?”, perguntou Amorim.