Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas será apresentado a partir das 14 horas desta terça-feira (21). Segundo o relator, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), o parecer que será votado no dia 29 apresenta um estudo inédito a respeito do caminho de entrada das armas e munições no Brasil e também aponta medidas a serem adotadas para combater o contrabando."Essas medidas envolvem projetos de lei, mudanças de natureza administrativa, todas com o objetivo de aumentar a eficiência da capacidade de ação do Estado no combate ao crime", disse.A Comissão, acrescentou, trabalhou com um cenário estimado de 17 milhões de armas, das quais cerca de 4 milhões estariam em situação irregular no país, "e a grande maioria maioria nas mãos dos criminosos". "No nosso relatório, o destino principal das armas é São Paulo e Rio de Janeiro, e dentro desses estados as organizações criminosas Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital (PCC) são os principais responsáveis pela entrada dessas armas no País e pelo direcionamento delas para seus estados prioritários de atuação", explicou. De acordo com o relator da CPI, com a entrada em vigor da lei que permite o abate de aeronaves, o contrabando de armas e munições migrou de rota e passou a ser feito na sua maioria pelas fronteiras com o Paraguai e com o Suriname, devido às "facilidades encontradas nessas rotas".