Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A decisão do governo federal de reduzir a proporção de álcool adicionado à gasolina de 25% para 20%, no período da entressafra do produto, devido à perda de competitividade do álcool na escolha dos proprietários de veículos bicombustível, contribuiu para elevar o volume de vendas dos derivados do petroleo em 3% nos primeiros nove meses do ano, em comparação com igual período do ano passado. Também contribuíram para o aumento a menor competitividade da nafta petroquímica, em função dos preços mais atrativos com relação aos praticados no mercado internacional e problemas operacionais que afetaram as importações; do gás natural, com destaque para os setores de papel e celulose, vidros, químico, além da intensificação do uso do gás natural veicular no mercado interno; e dos maiores volumes de exportação de petróleo. De acordo com dados do balanço da Petrobras, divulgados na noite de ontem (10), o crescimento das vendas no período está relacionado, principalmente, aos maiores volumes vendidos de gasolina.Na mesma base de comparação, os dados indicam que o volume de vendas internacionais cresceu 21%, principalmente pelo incremento das operações de offshore (no mar) que objetivam captar oportunidades comerciais no exterior, compensados, parcialmente, pela redução das vendas na Venezuela, em função da conversão dos contratos, medidas adotadas este ano pelo presidente Hugo Chávez.