Monique Maia
da Agência Brasil
Brasília - A América Latina e o Caribe são as principais regiões produtorasde alimentos do mundo. Mesmo assim, cerca de 10% da população sofrem dedesnutrição. A informação é de um relatório da Organização das Nações Unidaspara a Agricultura e Alimentação (FAO). O documento, no entanto, também traz boas notícias. Noperíodo de 1990 a 2003, o número de subnutridos em toda a América Latina e noCaribe diminuiu, com cerca de sete milhões de pessoas fora do quadro dedesnutrição. No Brasil, a queda na desnutrição foi de 25%. De acordo com a assessora especial do Programa Fome Zero doMinistério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Adriana Aranha, váriasações ajudaram a reduzir o problema no país. “O Fome Zero, juntamente comoutros programas de transferência de renda, como a melhoria da merenda escolar,a construção de restaurantes populares e o fortalecimento da agriculturafamiliar, ajudaram a atuar no combate à fome”, disse. Ainda segundo Adriana Aranha, outro fator que ajudou naqueda do número de subnutridos no país foi o Programa de Combate à Desnutrição.O projeto reduziu em 40% as internações nos hospitais. A desnutrição geralmenteé causada pela falta de alimentos necessários para o corpo e costuma atingirindivíduos de baixa renda e crianças. O combate à fome no mundo é uma das preocupações de 191países que assinaram as Metas do Milênio, proposta pela Organização das NaçõesUnidas (ONU). A idéia é que todos os países participantes desenvolvam açõespara erradicar a fome e pobreza no mundo até o ano de 2015. “A emergência de resolver esse problema no mundo é uma coisaindiscutível, tanto é que essa é a primeira meta do milênio”, afirmou AdrianaAranha. Esta semana a FAO está reunida em Roma, na Itália, com 180países, para avaliar a situação de combate à fome no mundo.