Gabriella Noronha
da Agência Brasil
Brasília - O acidente com o avião Fokker 100 da TAM, que deixou 99 mortos, completa dez anos sem que todas as famílias das vítimas tenham sido indenizadas. Na manhã de 31 de outubro de 1996, o avião com prefixo PT-MRK caiu no bairro do Jabaquara, em São Paulo, logo depois de decolar do aeroporto de Congonhas.
A assessoria da empresa aérea divulgou nota informando que “as seguradoras e resseguradoras internacionais contratadas pela Fokker, Grumman (fabricante do reversor) e TAM indenizaram 90% das famílias atingidas e algumas demandas continuam pendentes por razões que extrapolam os limites de atuação da companhia”. As indenizações pagas pela TAM variaram de US$ 500 mil a US$ 1,5 milhão (R$ 1,085 milhão a R$ 3,255 milhões), segundo a presidente da Associação de Parentes de Vítimas de Acidentes Aéreos (Abrapava), Sandra Assali. A Abrapava foi criada devido à demora nas investigações sobre o acidente, no qual morreu o marido de Sandra, Abdul Assali. "A empresa deixou muito a desejar, as famílias tiveram que solicitar uma série de coisas, como assistencia médica: não veio nada de graça, tivemos que buscar tudo”, disse a presidente da associação.
Segundo a assessoria da TAM, “na época, a Companhia assumiu imediatamente a missão de fazer tudo o que estava ao seu alcance para minorar o sofrimento dessas famílias e a de nossos colaboradores também atingidas pelo ocorrido”.O Fokker da TAM iria para o Rio de Janeiro e na queda, logo após a decolagem, atingiu várias casas e três dos 99 mortos. A causa apontada para o acidente foi uma pane no reverso, equipamento que atua como freio auxiliar e nunca pode ser usado em uma decolagem. O problema desestabilizou o avião e os pilotos não conseguiram evitar a queda.