Qualificação técnica é saída para combater desemprego entre jovens, diz diretor da OIT

30/10/2006 - 17h25

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Diante dos dados divulgados hoje (30) pela Organização Internacional do Trabalho(OIT) – segundo quem, do total de brasileiros desempregados, metade tem entre 16 e 24 anos - o diretor-adjunto da entidade no Brasil, José Carlos Ferreira, aponta como um caminho para amenizar o problema a qualificação técnica dos jovens.“No caso do Brasil, temos que aumentar o índice de qualificação técnica dos jovens. O Ministério do Trabalho já vem fazendo um esforço nesse sentido, mas é preciso que esse esforço seja mais do que duplicado”.Atualmente o ministério soma esforços para vencer o desafio de qualificar os cerca de três milhões de jovens brasileiros que não trabalham nem estudam, de acordo com o secretário de políticas públicas de emprego, Remigio Todeschini.Entre os programas desenvolvidos, ele cita o Primeiro Emprego e o Jovem Aprendiz, além de outros de qualificação profissional. Juntos, eles atenderam cerca de 875 mil jovens, nos últimos três anos e dez meses.Todeschini saliente que a qualificação deve vir associada à educação. “É preciso combinar o ensino fundamental e o médio com o ensino profissional, com módulos de aprendizagem para um ofício, uma profissão”.O secretário também cita o ProJovem, da Secretaria Nacional de Juventude, e o ProUni, do Ministério da Educação, que, segundo ele, contribuem para o preparo e para incentivar que os jovens estudem, permitindo que cheguem mais qualificados ao mercado de trabalho.No cômputo final, acrescenta, o conjunto das medidas supera o atendimento de dois milhões de jovens no Brasil.Os dados da OIT estão no relatório Tendências Mundiais do Emprego Juvenil da Organização Internacional do Trabalho (OIT).