Presidente da Força Sindical defende prioridade na geração de emprego no segundo mandato

30/10/2006 - 19h47

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, oPaulinho, defendeu hoje (30) que a geração de emprego deve ser prioridade nosegundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele alertou que ogrande número de desempregados no país pode afetar os salários, provocandoinclusive sua redução.“O grande problema do Brasil é o desemprego. Tem mais de 9milhões de pessoas desempregadas. O governo precisa baixar os juros, reduzir acarga tributária, corrigir a questão do dólar e fazer com que o país volte acrescer e tenha emprego”, afirmou. Em entrevista à Agência Brasil, Paulinho disseesperar que o presidente Lula o “surpreenda”, cumprindo o que ele tinha secomprometido a fazer para os trabalhadores no primeiro mandato. “Espero que oLula possa fazer um governo em defesa dos interesses dos trabalhadores,mantendo o direito dos trabalhadores, fazendo a reforma da estrutura sindical ereduzindo a jornada de trabalho, enfim, coisas que a gente vem lutando há muitotempo e que o Lula tinha se comprometido conosco na eleição passada e nãocumpriu”, afirmou.Segundo o presidente da Força Sindical, Lula está hoje numasituação melhor do que quando entrou em 2002, devendo encontrar maisfacilidades para governar. “No mandato passado ele tinha bastante dificuldade,não tinha uma base parlamentar muito grande, teve até que inventar o “mensalão”por causa disso. Hoje ele tem uma série de governadores que foram eleitos e sãoda base aliada do governo, e tem uma base parlamentar mais ou menos. Então ele nãoprecisa usar os artifícios usados no mandato passado”.Para Paulinho, a reeleição de Lula e a expressiva votação queele teve no segundo turno dão ao presidente condição de fazer mudanças noBrasil, principalmente na questão envolvendo as reformas da Previdência etrabalhista. “É lógico que nós gostaríamos que ele fizesse uma reforma daPrevidência para evitar o privilégio”, defendeu. “Mas se aumentar a idademínima e tirar o piso da Previdência, Lula vai ter problemas com ostrabalhadores e a Força Sindical vai se colocar frontalmente contra ele. Fazeruma reforma trabalhista para modernizar a CLT nós estamos de acordo, agora nãopode é tirar direito”.