Ausência de eleitores se mantém estável desde 1994, segundo o TSE

30/10/2006 - 0h47

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ausência de eleitores nas eleições presidenciais tem se mantido estável desde 1994. Embora o eleitorado tenha crescido nestes anos, as abstenções variaram de 17,7 a 21,5 %, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A abstenção aumenta um pouco nas votações em segundo turno, já que em muitos estados não há disputa para governador. A abstenção em 1989, primeira eleição direta para presidente da República após o regime militar, foi a menor das últimas décadas, chegando a 11, 9 % no primeiro turno e 14,4 % no segundo turno da eleição presidencial.Na eleição de 1994, a abstenção foi de 17,8 %. Naquele ano não houve disputa em segundo turno. Em 1998, ano em que a eleição também foi decidida em primeiro turno. a ausência de eleitores chegou a 21,5 %. Em 2002, na votação em primeiro turno, não compareceram 17,7 % dos 115 milhões de eleitores. No segundo turno, o número de ausências no pleito chegou a 20,5 %.Neste ano, mesmo com campanhas isoladas para o não comparecimento à votação, a ausência de eleitores no primeiro turno foi de 16,75 %. Na votação em segundo turno, onde 10 estados escolheram governadores, a abstenção foi de 18,99 %. Ou seja, quase 24 milhões dos 125,9 milhões de eleitores deixaram de comparecer às urnas neste domingo.Os votos brancos e nulos diminuíram da eleição de 2002 para a de 2006. Em 2002 votaram em branco 3 %, ou seja, quase três milhões de eleitores. Nulos votaram 7, 35 %, cerca de sete milhões de brasileiros anularam seus votos.Em 2006, o percentual de votos em branco para presidente foi de 1,33 %, quer dizer, mais de 1,35 milhões de eleitores. Anularam o voto neste domingo 4,71 %, o que representa mais de 4,8 milhões de eleitores.