Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O último reajuste do preço do gás natural importado da Bolívia pela Petrobras foi de 2,1%, no último dia 6, com vigência retroativa ao dia 1o. O preço do produto subiu de US$ 3,68 por milhão de BTU (medida internacional de referência para a comercialização), para US$ 3,76 por milhão de BTU. O reajuste está previsto na cláusula de atualização dos contratos e é feito a cada trimestre, de acordo com a variação na cotação internacional de uma cesta de óleos combustíveis. Para os volumes acima de 16 milhões de metros cúbicos por dia adquiridos pela Petrobras da YPFB, a estatal petrolífera boliviana, o preço foi reajustado de US$ 4,52 por milhão de BTU para US$ 4,61 por milhão de BTU.A Petrobras importa diariamente, em média, 24 milhões de metros cúbicos de gás natural da Bolívia. O produto abastece as companhias distribuidoras das regiões Sul, Sudeste e Centro–Oeste, e corresponde a cerca de 50% de todo o volume de gás consumido no país.A queda do preço do barril do petróleo no mercado externo foi determinante para o baixo percentual do novo aumento. No início de setembro, durante a feira Rio Oil & Gás, o diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, chegou a estimar que o reajuste ficaria em torno de 5%. Segundo Sauer, o preço do preço do barril do petróleo no mercado internacional já havia chegado "ao topo" e a tendência, a partir de então, era de retração. “Acredito que a tendência natural também para o preço do gás no futuro seria de queda, na medida em que ele está vinculado a uma cesta de preços internacionais", disse, em setembro.