Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Enquanto não solucionar a área de segurança operacional,a Nova Varig não receberá o certificado de homologação de empresa detransporte aéreo (Cheta), esclareceu hoje (26) o gerente de OperaçõesInternacionais da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ValdirPadilha.
"Existe um procedimento a sercumprido, mais pela empresa do que pela Anac, de apresentar adocumentação e a segurança necessárias”, disse Padilha, que nãoinformou quais os documentos ainda em falta para a concessão docertificado.
Ele atribuiu a competênciade falar sobre o assunto a outra superintendência da Anac. E aassessoria de imprensa da Nova Varig reiterou que todos os documentosjá foram entregues à Agência. Conforme previsto no edital do leilão dealienação da Varig, a nova empresa está voando com a autorização daantiga companhia.
A assessoria informouainda que desde o segundo leilão, realizado pela Justiça fluminense nodia 20 de julho passado, os novos controladores já investiram US$ 122milhões na Varig. A ex-subsidiária de carga da Varig, a VarigLog, foi a única empresa a participar do leilão e adquiriu a companhia aéreapor US$ 24 milhões (R$ 52,3 milhões), identificada com o nome de AéreoTransportes Aéreos S/A.
Segundo informação daAnac, o processo de constituição de uma empresa aérea segue normasinternacionais, que são adotadas pelo Brasil, e envolve duas fases quepodem levar até um ano para conclusão. A primeira etapa é aconstituição jurídica, que culmina com uma Portaria de Autorização parafuncionamento jurídico, válida por 12 meses improrrogáveis. Para que aempresa possa voar, entretanto, é necessário que a Anac conceda oCheta, depois que a companhia demonstrar a capacidade de execução detodos os requisitos contidos em seus manuais. A Nova Varig (VRG Linhas Aéreas) obteve a autorização de funcionamento jurídico da Anac no dia 25 de setembro.