Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - O Programa de Aquisição de Alimentosteve uma ampliação orçamentária de R$ 238 milhões, em relação ao anopassado. E segundo o secretário nacional de Segurança Alimentar eNutricional, Onaur Ruano, 160 mil agricultores familiares vendem seusprodutos diretamente ao governo, que os distribui para escolas, crechese hospitais públicos.Durante seminário realizado hoje (18) dentro das comemorações daSemana Mundial de Alimentação, Ruano informou que  hádisponibilidade de cerca de R$ 600 milhões para comprar anualmente, decada família, R$ 3,5 mil da produção. "Esse dinheiro é aplicado naeconomia local, no alimento da família, em material escolar. E com acirculação de recursos, aumenta a geração de emprego e renda nomunicípio", disse.Cerca de 70% das cidades paranaenses estãocadastradas no programa – em todo o país, são mais 2 mil municípios,informou o secretário. Neste ano, o programa recebeu R$ 6,5 milhões dogoverno federal, acrescentou. No encerramento do seminário,foi lançado um manifesto em defesa das chamadas sementes crioulas,livres de alterações genéticas. Segundo Marcelo Passos, coordenador darede Ecovida de Agroecologia e da Associação para o Desenvolvimento da Agroecologia (Aopa), que engloba cerca de 3 mil famílias deagricultores da região Sul, o objetivo é pressionar a CTNBio (ComissãoTécnica Nacional de Biossegurança) a não liberar o plantio comercial domilho geneticamente modificado: "As sementes são a base para asegurança e a soberania alimentar de qualquer país. Só de milho jáforam liberados 350 experimentos em campo, deixando as lavourasfamiliares ou ecológicas sujeitas à contaminação”.