Álvaro Bufarah
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O primo de Jean Charles de Menezes e porta-voz dafamília em Londres, Alex Pereira, afirma que "a verdade sobre a morte deJean só veio a tona depois que uma funcionária da comissão independente da políciaentregou um relatório feito por ela a uma emissora de TV".Neste dossiê, segundo Alex, estão as provas deque o eletricista brasileiro não estava usando roupas pesadas, não teriacorrido dos policiais, nem pulado a catraca do metrô; ações que teriam levado apolícia britânica a atirar nele sete vezes na cabeça dentro do trem.De acordo com o primo de Jean, esta funcionária da polícia aguardou que asautoridades revelassem as informações à imprensa e a família, mas quando istonão aconteceu preferiu levar o caso a mídia por conta própria.Pereira diz ainda que, por esta ação, afuncionária pública foi demitida e presa, chegando a ser humilhada na cadeia. Naavaliação dele, “ela teve sorte, porque a promotoria decidiu não processá-la,mas mesmo assim acabou sem o emprego”. Segundo ele, os familiares que ainda estão morando em Londres têm medo de seremdeportados ou terem negados os vistos de entrada no país caso saiam paravisitar os parentes no Brasil. Ele diz que os policiais de imigração podem impedirque eles desembarquem na Inglaterra, forçando-os a voltar para trás sem nenhumajustificativa.