Inflação de outubro medida pelo IPC-10 registra taxa de 0,21%

18/10/2006 - 15h05

Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) de outubro, calculado pela FundaçãoGetúlio Vargas (FGV), registrou taxa de 0,21%, resultado 0,15 ponto percentualmenor que a taxa de setembro, de 0,36%. O índice é calculado com base nospreços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. O IGP-10 leva em conta principalmente os preços no atacado, cujo índice(IPA) tem um peso de 60% no seu cálculo. Em outubro, a variação do IPA foi de0,26%, enquanto que em setembro ficou em 0,45%. O índice de preços ao consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo daConstrução (INCC), que também compõem o IGP-10, apresentaram recuo em suastaxas. O IPC, que têm um peso de 30% no cálculo, ficou em 0,10% ante a taxa de0,22% de setembro, e o INCC, com peso de 10%, passou de 0,16% em setembro para0,14% em outubro.A queda no preço dos combustíveis, principalmente os industriais, como óleoe querosene para a para aviação, foi um dos principais fatores para a reduçãodo IGP-10 de outubro. A variação desse item teve forte participação tanto naredução da inflação no IPA como no IPC.“Isso reflete a queda de preços do petróleo no mercado internacional e dopreço do álcool no mercado interno, devido ao aumento da safra”, explicou ocoordenador de análises econômicas da fundação, Salomão Quadros. “No final doano passado e início desse ano os preços do álcool ficaram muito pressionadosdevido ao aumento do consumo, já que nesses dois últimos anos 95% dos carrosnovos vendidos aqui são com tecnologia flex (bi-combustível). Essa quedarepresenta uma boa notícia”.No acumulado do ano, o IGP-10 apresenta alta de 2,51%, e segundo Quadros,deve fechar 2006 na faixa de 3%.  “Esse é um índice que sai um pouco nafrente porque mede uma inflação de outubro, quando ainda estamos na metade domês. Ele mostra que os outros índices gerais de preço estão em trajetória dedesaceleração. Índices que vão justamente reajustar contratos como os dealuguel e tarifas de energia elétrica”, explicou.