TV digital ainda precisa definir nível de interatividade com telespectador, diz acadêmica

11/10/2006 - 19h34

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A sociedade ainda precisa discutir qual será o tipo e o nível de interatividadeda televisão digital, disse a diretora acadêmica adjunta da Coordenação deProgramas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal doRio de Janeiro, Claudia Werner. “Não basta a pessoa receber a informaçãode melhor  qualidade”, afirmou.Segundo ela, a inclusão digital também está relacionada à possibilidade deinteragir com a televisão. Para isso, Werner afirma que não basta ter oequipamento: é preciso ter um recurso que garanta a volta de umeventual contato que o cidadão queira fazer, seja na programação normal ouum aplicativo. A isso se dá o nome de “canal de retorno”, que pode ser umcabo, um telefone fixo ou um celular.“Somente com a possibilidade desse retorno é que se poderá ter umaverdadeira TV digital interativa”, afirmou.Ela disse, ainda, que o governo precisará tomar decisões para odesenvolvimento de softwaresespecíficos, além da regulamentação sobre comoocorrerá esse retorno para o telespectador. “Esse é o principal ponto para agente ter uma televisão dita inteligente, e não simplesmente uma televisãoinformativa”.De acordo com Werner, o  governo também precisará definir  sea TV digital terá esse canal de retorno ou se a interatividade ficarárestrita será a informações adicionais que serão disponibilizadas juntocom a programação, como já se tem hoje na TV a cabo. “A primeira decisão é saber: queremos um canal de retorno ou não? Se queremos,como se dará esse retorno? São decisões que precisarão ser tomadas emalgum momento, independentemente do discurso", ponderou. "Ainclusão só poderá se dar efetivamente se tiver essapossibilidade  de retornar, de pode interagir com essa televisão que estárecebendo”.