Identificação genética de vítimas da ditadura começará por mortos no Araguaia

03/10/2006 - 18h53

Renato Brandão
Da Agência Brasil
São Paulo - O projeto que pretende identificar os ossos de vítimas da ditadura militar, lançado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos, começará pelos de oito pessoas mortas durante a chamada guerrilha do Araguaia. Os ossos estão em Brasília, sob a guarda da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos. Segundo a assessoria do laboratório Genomic, de São Paulo, licitado para conduzir a comparação do material com o sangue coletado dos parentes dos mortos, ainda não está definido um cronograma para o início dos exames de DNA, o que poderá ocorrer até a próxima semana. O projeto conta com recursos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e, de acordo com o Genomic, está prevista a coleta de 400 amostras de sangue de familiares das vítimas, a serem escolhidos pela Comissão, em São Paulo e em outras cidades do país (por laboratórios associados). Desse total de amostras, 25 já foram coletadas