Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil
Manaus - A apuração dos votos no Amazonas começou apenas às 18 horas (horário local) quando Boca do Acre e Eirunepé (municípios uma hora atrasados em relação a capital amazonense) também finalizaram a votação – nos outros 59 municípios do estado, a votação foi encerrada às 17 horas (horário de Manaus, 18 horas de Brasília). A expectativa do diretor geral do Tribunal Regional Eleitoral, Leland Barroso de Souza, é que o resultado da contagem dos votos seja divulgado às 23 horas (meia-noite em Brasília).Souza classificou como “muito satisfatório” o processo de votação no estado. Das 4.991 urnas, apenas 40 apresentaram algum tipo de defeito. Dessas, somente em uma seção, localizada na capital, a substituição por outra urna eletrônica não foi possível e a votação foi manual. Ainda de acordo como diretor-geral do TRE, só uma pessoa foi detida em Manaus pelo crime de boca de urna. “O juiz tomou o panfleto, conversou com ela e a mandou para casa”, informou Souza. Ele acrescentou ainda que não houve denúncia de compra de votos no estado.O maior conflito do dia entre as coligações foi motivado pelos crachás dos delegados. A coligação Amazonas para Todos, do candidato Amazonino Mendes (PFL), confeccionou os crachás antes da publicação da resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a padronização dos mesmos. “A coligação quis aproveitar os crachás, mas o TRE decidiu que eles tinham que cumprir a resolução [em reunião do plenário do tribunal realizada no início desta tarde]”. E acrescentou Souza. “Eu soube pelo advogado da coligação [Daniel Oliveira] que eles tiveram de cortar os crachás.Outra briga judicial que movimentou o dia foi entre a TV A Crítica (retransmissora local do Sistema Brasileiro de Televisão, SBT) e a coligação Pelo Bem do Amazonas, do atual governador e candidato à reeleição Eduardo Braga (PMDB). Por decisão do tribunal, a TV ficou quase 22 horas fora do ar, por ofender o candidato. O sinal foi cortado às 19h15 de ontem (30) e religado às 17h05 de hoje. A coligação também pediu direito de resposta. “O tribunal examinará a questão na próxima semana, mas eu particularmente acho difícil esse direito de resposta seja concedido após as eleições”, completou Souza.