Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A possibilidade de falha no radar do avião da Gol que caiu no Mato Grosso é remota, mas não impossível, avalia o comandante e especialista em segurança aérea Ronaldo Jenkins, do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). Segundo ele, no entanto, é cedo para apontar a causa do acidente.“O que pode ter acontecido, não sabemos. O espectro está totalmente aberto. Falhas no radar? É remota a possibilidade, mas não é impossível. Tudo é possível, ainda não temos nenhum fato para desenvolver uma análise nesse momento”, disse o comandante.Os fatos que levarão a conclusões definitivas vão aparecer somente durante as investigações, avaliou o comandante, que esteve no início da tarde de hoje (30) no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. “Temos que esperar”.Jenkins explicou que a investigação devem durar no mínimo três meses e serão conduzidas pelo Comando da Aeronáutica, especialistas dos Estados Unidos, já que a aeronave que teria se chocado com o avião da Gol tem matrícula norte-americana, e especialistas de diversos sindicatos da aviação civil.Durante a investigação, serão analisadas as gravações dos dados de vôo, os registros de voz, as comunicações com os órgãos de controle e as imagens do radar.O Boeing 737-800 da Gol caiu ontem (29) no norte do Mato Grosso. Havia partido de Manaus com destino ao Rio de Janeiro e levava 155 pessoas, sendo 149 passageiros e seis tripulantes.