Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE/RJ), desembargador Roberto Wider, disse hoje (15) que as propagandas de “boca-de-urna” serão reprimidas “de forma enérgica” pela Justiça.Em reunião com os juízes eleitorais do estado, Wider acertou as ações que serão tomadas no dia 1^o de outubro para coibir o crime, caracterizado pela propaganda no dia da eleição e na proximidade das seções de votação.“Nós teremos a conscientização de todos os partidos e de todos aqueles que trabalham no dia da eleição. Depois disso, haverá uma fiscalização intensa, já que teremos fiscais em todas as seções eleitorais. Além de servirem como fiscais os próprios mesários orientados pelos juízes eleitorais”, afirmou o desembargador.Wider explica que a Justiça Eleitoral, inicialmente, irá apenas apreender o material utilizado na propaganda de “boca-de-urna”, mas, se houver insistência do candidato, o TRE fará a prisão, em parceria com a polícia.A Lei 9.504 de 1997 proíbe o uso de carros de som, a realização de carreatas e comícios, a distribuição de material de propaganda política, a arregimentação do eleitor e qualquer tipo de divulgação de propaganda do candidato através de bonés, cartazes, camisas ou broches, no dia da eleição. A pena é de seis meses a um ano de detenção, além de multa de até 15 mil UFIRs.De acordo com o presidente do TRE, a Polícia Militar comprometeu-se a colocar todo seu efetivo a disposição, para garantir a repressão à boca-de-urna. A PM, no entanto, ainda não divulgou seu esquema de policiamento no dia das eleições. O desembargador aconselha os eleitores a levar “colas” para os locais de votação, ou seja, papéis com os números de todos os candidatos nos quais pretende-se votar. “Eu mesmo vou fazer isso, porque me facilita. São muitas votações, 21 digitações que teremos que fazer na urna. Então, é importante que saiamos de casa, todos nós, com os números dos candidatos em que queremos votar.”