Ministro diz que metas do Compromisso Todos pela Educação podem ser atingidas no prazo

06/09/2006 - 19h02

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou hoje (6),durante o lançamento do Compromisso Todos pela Educação 2006-2022, que operíodo de 16 anos é um prazo factível para que as cinco metas estabelecidaspelo projeto sejam atingidas. Ele destacou que esta é a primeira vez queeducadores e sociedade civil reúnem-se em torno de uma agenda comum e aprimeira vez em que dirigentes municipais, estaduais e federais se entendem arespeito de um plano para corrigir as deficiências do ensino público e particularno país. Segundo Haddad, o país tem condições políticas esuprapartidárias para realizar esse projeto. Ele alertou que de acordo com aexperiência internacional, compromissos como esse só funcionam se a agendafor uma política de Estado. “Tem que ser uma política de Estado, mais do que degoverno, tem que ser uma política da sociedade, mais do que de partidospolíticos. A sociedade tem que se engajar nessa mobilização e aí os resultadosserão atingidos”. Ele explicou que o governo atuará para oferecer osinstrumentos para que a sociedade alcance as metas e sustente o compromisso. Aatuação do governo será dividida em três pontos. O primeiro será ofinanciamento adequado para a educação básica, por meio do Fundo de Manutençãoe Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e o Salário-Educação, que juntosdevem agregar cerca de R$ 7 bilhões para a educação. O segundo será a avaliação por escola, a denominada ProvaBrasil. Cada unidade de ensino receberá um boletim, usado para que a direção daescola acompanhe as metas e a evolução da unidade em cada uma delas. “Esseboletim serve para que todos os pais, alunos e professores percebam se a escolaestá cumprindo com as metas ou se está precisando de apoio governamental paraincrementar”. O terceiro ponto será a formação de professores. De acordocom o ministro, o MEC está ampliando o processo de formação dessesprofissionais na Universidade Aberta. Haddad disse ainda que os recursos devem ser aplicados deforma gradual para que sejam bem investidos. Ele afirmou que os programas que oMEC está executando e projetando para o futuro garantem que o país pode chegarem 2011 com investimentos na ordem de 6% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo5% na educação básica. “Hoje nós devemos fechar o ano em torno de 4,5% como umtodo e 3,7% na educação básica”. Na avaliação do ministro, para que o resultado do projetoseja satisfatório é necessário aplicar métodos claros e objetivos para que ocidadão comum consiga acompanhar e entender a evolução. “Se o cidadão comum, o mais humilde deles, puder acompanharo desenvolvimento do seu filho e da escola do seu filho, aí muda de figura,porque será uma cobrança dos 180 milhões de brasileiros que acompanharão ano aano a evolução do desempenho de cada escola”.