Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O benefício do Bolsa Família, que varia de R$ 15 a R$ 95, chega a corresponder a 21% do orçamento das famílias cadastradas, informou o secretário de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Rômulo Paes. Ele lembrou que o orçamento para os programas de combate à fome e à miséria é de R$ 19 bilhões, e que metade desse total será para atender aos beneficiados pelo Bolsa Família – no ano passado foram transferidos R$ 15 bilhões, para 9 milhões de pessoas. “O Bolsa Família é um canal direto com a população que está fora do mercado de trabalho, uma população que tem acesso muito limitado ao mercado formal”, afirmou o secretário, após participar do painel Pobreza e Desigualdade, durante o 2º Encontro Nacional de Produtores e Usuários de Informações Sociais, Econômicas e Territoriais, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “É preciso deixar claro que o programa Bolsa Família não é um programa de substituição de renda e sim de complemento. Embora possa parecer um valor pequeno, ainda assim ele tem um impacto muito grande na vida das famílias. O valor médio de R$ 61 transferido pelo programa implica aumento de 21% sobre o orçamento das famílias beneficiadas", disse Paes. E acrescentou: "Imagine um trabalhador tendo um aumento real de 21% no seu salário. Se mudaria a vida dele, então imagine a de uma família pobre do Nordeste, ou das áreas rurais do Norte do país, onde R$ 61 fazem uma grande diferença em relação aos grandes centros – é um impacto muito grande".