Norma Nery
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca, anunciou hoje (23) alterações no Programa de Modernização do Parque Industrial Nacional (Modermaq). As mudanças permitirão que as empresas obtenham financiamento com taxa fixa de juros anual menor em dois pontos percentuais ou optem pela contratação com juros variáveis. “Nós também incluímos nessa mudança a possibilidade de financiamento de equipamentos hospitalares, que é uma demanda do setor. Muitos deles ainda são importados, mas a expectativa é de crescente de produção desses equipamentos no Brasil. É também um incentivo à venda de bens nesse setor e esperamos estimular a produção nacional", disse Fiocca.O novo Modermaq, acrescentou, tem o objetivo de contribuir para a modernização geral das indústrias e dinamizar o setor de máquinas e equipamentos (bens de capital) produzidos no país.Com as alterações, a taxa fixa de juros cai de 10% para 8,5% ao ano e ao longo dos cinco anos de financiamento o percentual máximo pode variar de 9,5% a 12%, contra os 13,95% cobrados anteriormente. Já a opção de juros variáveis poderá ter um custo de 9% a 11,5% ao ano é e composta por Taxa de Juros ao Longo Prazo (TJLP) mais meio ponto percentual do banco, e mais a taxa dos agentes financeiros. Fiocca lembrou que o cenário de estabilidade econômica é favorável e a TJLP está em trajetória de queda: “O cenário de estabilidade macroeconômica e a percepção de um ambiente favorável a investimentos contribuem para a introdução da taxa variável no programa”.O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Newton de Mello, elogiou o esforço do BNDES em reduzir as taxas de financiamento para estimular a produção nacional de bens que hoje são, muitas vezes comprados na China e na Tailândia. “Estamos chegando a taxas mais civilizadas de juros para investimentos”, analisou.O Modermaq foi criado em setembro de 2004 e até junho de 2006 já desembolsou R$3,2 bilhões. O volume de liberações no primeiro semestre superou em 22% o de igual período no ano passado.