Thaís Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As vendas do comércio varejista recuaram 0,38% em junho na comparação com o mês anterior. Este é o segundo resultado negativo do ano, após três meses consecutivos de taxas positivas. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).As principais retrações foram verificadas nos setores de móveis e eletrodomésticos (-5,07%); tecidos, vestuário e calçados (-2,35%) e combustíveis e lubrificantes (-0,06%). Apenas o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo obteve resultado positivo (1,00%).De acordo com o economista Reinaldo Pereira, responsável pela divulgação do estudo, a leve queda pode ser explicada pelo que chamou de “efeito Copa”. Ele afirmou que "durante os jogos do Brasil na Copa do Mundo de futebol, a maioria dos estabelecimentos comerciais ficou fechada e isso reduziu o número de dias trabalhados. Como conseqüência, as vendas também caíram". Pereira descartou, no entanto, que as vendas do comércio varejista estejam sofrendo uma desaceleração.E citou que em relação a junho do ano passado foi verificado um crescimento de 4,08%. Houve aumento no volume de vendas de seis das oito atividades varejistas, com destaque para o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que cresceu 8,49%. Também houve elevação de vendas de móveis e eletrodomésticos (3,10%) e de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (31,31%).O economista do IBGE explicou que o crescimento, na comparação com junho de 2005, foi motivado pela expansão do crédito e pelo aumento no nível de ocupação e no rendimento médio do trabalho. No ano, as vendas do comércio varejista acumulam expansão de 5,68% e nos últimos 12 meses, de 5,34%.