Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs),Paulo Tigre, considerou “importante” a disposição demonstrada pelo ministro daFazenda, Guido Mantega, de criar um grupo formado por técnicos e especialistaspara estudar a situação fiscal do Rio Grande do Sul. Segundo Tigre, o ministro frisou,porém, que não haverá negociação da dívida, mas uma busca de solução para oproblema fiscal do estado. Tigre destacou que entre os principais posicionamentos dos empresáriosgaúchos estão a definição clara do ressarcimento dos créditos aos exportadores,“favorecendo toda a cadeia produtiva, que inclui pequenos supridores”; aagilização da liberação dos créditos de IPI, PIS e Cofins, “amenizando oproblema de capital de giro das empresas”; e a diminuição da cunha fiscal do spreadbancário (diferença entre o que o juro que banco paga ao investidor e o que elecobra do tomador de recursos) no Brasil, abrindo espaço para a maior e maisrápida queda dos juros.O documento com os indicadores econômicos, entregue ao ministro, registramque as vendas industriais em nível nacional cresceram 1,6% no primeiro semestredeste ano, em relação a igual período de 2005; enquanto a indústria gaúchavendeu 6,1% a menos na mesma comparação. Além disso, segundo a Fiergs, dejaneiro de 2005 a junho de 2006, 15 mil postos de trabalho foram fechados nosetor fabril no Estado.