Julio Cruz Neto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Israel retomou hoje (25) os bombardeios sobre a região sul de Beirute, depois de 24 horas de uma calmaria que coincidiu com a visita da secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice. A força aérea atacou o bairro onde está localizado o quartel-general do Hizbollah, causando forte destruição. Israel também intensificou a ofensiva no sul do Líbano, área de fronteira entre os dois países, onde alega ter a intenção de estabelecer uma “faixa de segurança”.De acordo com informações da Agência Lusa, o impacto das bombas sacudiu o centro de Beirute, localizado a três quilômetros dos bairros do sul. Esta região, onde vivem cerca de 500 mil xiitas – adeptos de uma das ramificações do islamismo –, tem sido sistematicamente bombardeada desde 14 de julho.O secretário-geral adjunto da ONU para Assuntos Humanitários, Jan Egeland, visitou estes bairros no domingo e acusou Israel de “violar o direito humanitário”.Sobre as ações no sul do Líbano, um porta-voz militar israelense explicou: “Nosso objetivo é afastar o Hizbollah sete ou oito quilômetros da nossa fronteira, de forma a permitir o estabelecimento de uma força de segurança internacional ao longo da fronteira”. Segundo ele, Israel não tinha intenção de entrar em território libanês.Os bombardeios aéreos, marítimos e terrestres contra o Líbano, que estão no 14º dia, já deixaram 392 mortos, 1.383 feridos e mais de 700 mil deslocados, contabiliza a Lusa.Do lado israelense, embora em cifras bem menores, civis continuam sendo vítimas do conflito. Uma jovem de 15 anos morreu hoje devido a um foguete lançado pelo Hizbollah numa aldeia população majoritariamente muçulmana próxima à cidade de Tiberíades. O ataque provocou também ferimentos graves nos irmãos da garota, de 30 e 12 anos.