ONU e lideranças mundiais precisam promover paz no Oriente Médio, diz professor

25/07/2006 - 14h59

Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O papel da Organização das Nações Unidas (ONU) na solução do conflito no Oriente Médio, apesar de limitada, continua sendo importante agora com os ataques de Israel no sul do Líbano. A afirmação é do professor do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, José Carlos Brandi Aleixo. O especialista defendeu que a ONU continue a fazer o seu papel, que naclassificação dele, é limitado pela própria carta das Nações Unidas,que estabelece o direito de voto de cinco países e pela ausência de umaforça militar suficiente para conter agressões mútuas e incapaz,também, de estabelecer também uma zona de paz intermediária. “Se aspartes assim entenderem, a ONU voltará a ter uma presença maior nestaregião conturbada”, concluiu.“Em conjunto podemos dizer que houve avanços e retrocessos neste processo difícil e doloroso da região. Muitas vezes entram protagonistas inesperados como foi o caso da Noruega (para o acordo de paz que foi assinado em setembro de 1993) que promoveu os encontros entre representantes da OLP (Organização para Libertação da Palestina) e de Israel”, disse em entrevista ao Programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional.Segundo o professor, é preciso incentivar iniciativas da ONU ou de outras lideranças para promover a paz na região. “A Arábia Saudita fez um trabalho importante de mediação para que os diversos grupos do Líbano se entendessem e houvesse o fim da guerra civil no país. Países como a Arábia Saudita e o Egito são estimulados a atuar no sentido de que volte a paz e o próprio Líbano deve ser um protagonista maior no futuro neste processo difícil de negociação”, afirmou.