Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condesef) analisa as medidas provisórias publicadas no Diário Oficial para saber o impacto da criação de planos de cargos e salários para algumas carreiras dos servidores públicos federais. Um dos diretores da Confederação Sérgio Ronaldo da Silva disse que as medidas publicadas não contemplam todos os setores do funcionalismo público federal.
"Os servidores que são os mais sacrificados desse último período não estão sendo, na íntegra, contemplados porque estão sendo, mais uma vez, esquecidos nessas medidas provisórias, como vários setores da nossa base que se encontram em greve por já terem a perspectiva de serem contemplados. Setores da área de Educação, de Agricultura, de Planejamento, da Funai [Fundação Nacional do Índio], do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária]. Esses vários setores ficaram, mais uma vez, esquecidos", disse.
No sábado (8), uma plenária nacional da Confederação deverá decidir as próximas reivindicações da entidade. "Durante a semana vamos realizar vários fóruns com esses setores e chamando para uma plenária nacional da categoria no próximo sábado para tomar algumas decisões e ver quais são os próximos passos que vamos levar a partir dessa realidade colocada no momento", explicou.
Sérgio Ronaldo disse que, por não contemplar todas as categorias, as medidas provisórias causaram frustração. "É uma insatisfação", disse. "O que na verdade os servidores queriam era que o governo fizesse o que tinha sinalizado no passado. O prometido era que, para a área da agricultura, da Funai, do Ministério da Indústria e Comércio Exterior e também para os servidores do Incra e de outros setores, era o plano especial de cargos e gratificações específicos dentro desses cargos e alguns como antecipação dos planos de carreira", acrescentou.
O sindicalista disse, ainda, que há a disposição de alguns parlamentares de apresentar emendas para contemplar as categorias de servidores que, segundo ele, não foram atingidas pelas Medidas Provisórias. "Até quarta feira eles vão apresentar [as emendas] para tentar contemplar esses setores que foram prejudicados até o momento da edição das medidas provisórias", detalhou.
