Jogadores de futebol discursam contra racismo na Copa do Mundo

01/07/2006 - 15h55

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Dizer "não" ao racismo enquanto dois bilhões de pessoas assistem aos jogos da Copa do Mundo. Esse é o objetivo dos "Dias Anti-Discriminação" da Federação Internacional de Futebol (Fifa). Antes do início dos jogos das quartas de final da Copa, os capitães dos times fazem declarações contra o racismo no futebol e no mundo. Essa é a primeira vez no campeonato mundial em que os jogadores fazem declarações oficiais diretas de repúdio ao tema. Antes, os jogadores apenas portavam faixas com as palavras "Diga não ao racismo".

Tanto o capitão brasileiro, Cafu, quanto o francês, Zinedine Zidane, disseram mensagens de repúdio ao racismo no mundo e no futebol, antes do início dos jogos entre as duas seleções. As mesmas mensagens foram reforçadas no início do jogo entre Portugal e Inglaterra. "Nós repudiamos toda forma de discriminação, principalmente a racial", disse o capitão inglês, David Beckham. "Diga não ao racismo", disse o capitão português Luís Figo.

"Nós rejeitamos o racismo ou qualquer forma de discriminação, seja dentro ou fora dos jogos. Com o poder do futebol, podemos ajudar a erradicar o racismo do nosso esporte e do resto da sociedade", dizia a mensagem padrão. Os dias anti-discriminação foram anunciados na quarta-feira (28) pela diretora executiva do Unicef, Ann Veneman, pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, por representantes do governo alemão e pelo ex-jogador alemão Franz Beckenbauer, no estádio Olímpico de Berlim.