Milena Assis
Da Agência Brasil
Brasília - Mais de 1.100 delegados escolhidos nos estados participam da 1ª Conferência Nacional de Economia Solidária, aberta hoje (26) com o objetivo de resgatar as contribuições desse tipo de iniciativa para o enfrentamento da pobreza, da exclusão e do desemprego no Brasil, "na perspectiva de um processo de desenvolvimento diferente", segundo o diretor de Estudos e Divulgação da Secretaria de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, Walmor Schicheot.
Até quinta-feira (29), serão discutidos "os principais desafios para a implementação de políticas públicas destinadas à construção de uma estratégia de desenvolvimento", acrescentou Schicheot, em entrevista à Rádio Nacional. O encontro é promovido também pelos ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. E o tema é A Economia Solidária como Estratégia e Política de Desenvolvimento.
O diretor explicou que economia solidária é uma expressão já conhecida no Brasil para representar as iniciativas de pessoas que se unem para enfrentar o desemprego. "Temos expressões sociais da economia solidária, como a recuperação de empresas por meio da auto-gestão de cooperativas ou experiências da agricultura familiar. Os trabalhadores percebem que é possível, por meio da auto-gestão e da solidariedade, recuperar empresas, agregar valor a produtos feitos no mundo rural e criar formas para comercializá-los", disse.
Os financiamentos para essas ações também serão discutidos durante o encontro e Schicheot lembrou que "a economia solidária tem construído formas de acesso ao crédito através de cooperativas, de fundos rotativos, de fundos solidários e dos bancos comunitários". Mas, segundo o diretor, outras formas de crédito precisam ser apresentadas e avaliadas, assim como as de comercialização dos produtos: "O governo federal já encaminhou ao Congresso Nacional uma lei sobre cooperativas de trabalho e propôs um programa de apoio a elas".