ELEIÇÕES 2006 – PT votará amanhã indicação de Lula para presidente e Alencar como vice

23/06/2006 - 19h27

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Ricardo Berzoini, afirmou há pouco que a Convenção Nacional irá votar amanhã (24) se indica o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato da legenda à reeleição. Também será colocado em votação a manutenção do vice-presidente José Alencar (PRB) na chapa.

"A candidatura de José Alencar à reeleição como vice era o caminho mais natural", afirmou. Segundo ele, a chapa não estava fechada "porque outro partido poderia pleitear". "Como isso não ocorreu e há total confiança do PT e do presidente Lula em Alencar, não havia motivo nenhum para mudar a configuração da chapa". Berzoini afirmou que, em nenhum momento, qualquer outro partido apresentou formalmente interesse em compor a chapa com Lula. E que o PT não buscou ninguém para o lugar de Alencar.

Mesmo com a chapa fechada, Berzoini disse que devem haver coligações com outros partidos como o PCdoB. Mas considera difícil a aliança com PSB. "O que está definido é que o PSB apóia integralmente a reeleição do presidente Lula. A única coisa que impede a coligação formal é uma estratégia que montaram para ultrapassar a cláusula de barreiras". Segundo Berzoini, o PSB deve lançar candidato na maioria dos estados para garantir votos. "Temos hoje configurada a chapa do presidente e vice-presidente. Qualquer outra aliança formal, deve ser fechada até o dia 29 deste mês", referindo-se ao prazo final para realização de convenções partidárias.

"É óbvio que seria melhor ter coligação, mas é bom lembrar que a governabilidade se dá por conta de acordos programáticos que podem ser feitos no processo eleitoral ou depois da eleição", afirmou. "Vamos ter uma pulverização de votos de novo e acho que nenhum partido vai ter maioria no Congresso", considera o secretário-geral do partido, deputado estadual Raul Pont (RS). "Claro que o Congresso é importante, mas você pode governar fazendo acordos pontuais em cada projeto e fazendo uma disputa pública das propostas para pressionar os parlamentares".